DALINHA CATUNDA

Maria de Lourdes Aragão Catunda, conhecida como Dalinha Catunda, nasceu em Ipueiras, Ceará, no dia 28 de outubro de 1952, e reside no Rio de Janeiro.
Ocupa a cadeira 25 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel – ABLC, que tem como patrono o poeta e folclorista cearense, Juvenal Galeno. Membro correspondente da Academia Ipuense de Letras, Ciência e Artes – AILCA. Sócia benemérita da Academia dos Cordelistas do Crato – ACC. Como colaboradora, tem textos publicados nos principais jornais cearenses: O Povo e Diário do Nordeste. Escreve no Jornal Gazeta de Notícias, da região do Cariri cearense.
Dalinha Catunda é declamadora de cordel e, como tal, já participou da Feira Literária Internacional de Tocantins. Realiza um amplo trabalho de divulgação daL de Cordel, em sites e blogs, através da internet. Idealizou e fundou no Crato o grupo Flor do Cariri, com o objetivo de resgatar a contação de história e cantigas de roda, elementos formadores da sua infância e adolescência.
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SALETE MARIA

SALETE MARIA é uma cordelista feminista brasileira. Atualmente trabalha como professora do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade.da Universidade Federal da Bahia-UFBA. Durante anos foi professora do Curso de Direito da Universidade Regional do Cariri-URCA, sediada no sul do Ceará, onde, por mais de uma década também foi advogada de mulheres e homossexuais vítima de violência, tendo, inclusive, peticionado em formato de cordel. É membro-fundadora da Sociedade dos Cordelistas Mauditos(sic) – um importante movimento de jovens poetas, cantadores e performers fundado no ano 2000 em Juazeiro do Norte. Em março de 2014, Salete Maria completou “20 anos de cordelírio feminista e libertário”. Nessa trajetória, teve cordéis premiados pela Fundação Cultural do Estado da Bahia-FUNCEB, recitados pela atriz Deth Haak, musicados pela cantora Socorro Lira, citados pelo jornalista Arnaldo Jabor, encomendados pelos cineastas Vagner Almeida e Orlando Pereira e referenciados por diversos pesquisadores e amantes da literatura popular e da cultura oral, deste e de outros países. Seu trabalho é utilizado em cursos, palestras, debates e também tem sido objeto de dissertações e teses de doutorado. Suas temáticas são múltiplas, mas com ênfase nas questões de gênero, feminismo, direitos humanos e outros assuntos marginais e periféricos. Transita entre diversas linguagens, opera com signos variados e apresenta uma rima inventiva, irônica, dramático-cômica e, sobretudo, política e intertextual. Salete Maria – que aprendeu a fazer cordel com uma avó cega e analfabeta – fez uma grande revolução na literatura de cordel, sendo a maior referência feminina neste campo, ao qual se dedica de corpo e alma.
É RESPONSÁVEL PELO BLOG:
cordelirando.blogspot.com.br
(Fonte do texto: Blog Cordelirando)
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BULE-BULE

Um dos mestres da cultura popular nordestina mais renomados do Brasil. Antônio Ribeiro da Conceição, nome artístico Bule-Bule, nascido em 22 de outubro de 1947, na Cidade de Antônio Cardoso no Estado da Bahia, vem de uma região onde as influências culturais do sertão e do recôncavo baiano se misturam e contribuíram decisivamente para o arcabouço artístico deste grande poeta. Esta figura emblemática da cultura popular, conhecido como o maior repentista da Bahia, também é um excelente cordelista, com mais de 100 títulos publicados, um exímio sambador e tiraneiro, e um forrozeiro de grande valor, tendo todas estas virtudes comprovadas em seus oito discos e dois DVDs gravados em mais de 45 anos de carreira.
Ao longo da sua trajetória Bule-Bule fez shows e concedeu palestras nos quatro cantos deste Brasil e do mundo. Seja com shows de grande sucesso em diversos estados brasileiros dividindo o palco com figuras renomadas como Gilberto Gil, Beth Carvalho, Gabriel o Pensador e Tom Zé, ou em apresentações nos Estados Unidos, na Alemanha, na Espanha e em Portugal o Mestre Bule-Bule coleciona vitórias na representação e divulgação da cultura popular nordestina. A comprovação destes feitos surgiu em 2008 quando o Mestre Bule Bule foi condecorado com a maior premiação brasileira para a Cultura, a Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura. A Ordem do Mérito Cultural – OMC é uma ordem honorífica dada a personalidades brasileiras e estrangeiras como forma de reconhecer suas contribuições à cultura do Brasil.
Repentista, cordelista, sambador, tiraneiro, forrozeiro, brincante, enfim, Mestre. Este é o Mestre Bule-Bule, o mestre da cultura popular da Bahia, do Nordeste, do Brasil.
(Fonte: http://www.bulebule.com.br)
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FRANKLIN MAXADO
Franklin Machado, conhecido como Franklin Machado Nordestino, advogado e jornalista dedicado à xilogravura e ao verso popular, nasceu em Feira de Santana, em 1943. “Maxado Nordestino, diz ele, foi meu nome quando me lancei profissionalmente no cordel. Franklin Maxado é meu nome artístico e literário, daí Franklin Machado Nordestino. Em xilogravura assino F. Maxado ou somente F.M. pois diminui o número de letras para cortar na madeira. Maxado para fixar uma marca e Nordestino porque no sul me identificaram como “o nordestino” e isso reafirma minhas origens e cultura”.
Aos 16 anos foi para o Rio de Janeiro onde viveu alguns meses. Voltou para a Salvador, e terminou o curso secundário no Colégio da Bahia. Ficou um ano sem estudar, Depois, ingressou na Universidade Católica e na Universidade Federal da Bahia onde cursou, respectivamente, direito e jornalismo. Fez teatro com Diolindo Checucci, escreveu uma peça, “A Guerrinha des Boneques” (que permaneceu inédita), e publicou dois livros: “Album de Feira de Santana” (desenhos e história) e “Protesto à Desuman-Idade” (poemas).
Formado, militou na imprensa baiana, trabalhando no “Jornal da Bahia”, de tradicional família feirense. Fundou a primeira sucursal dum jornal e de uma emissora de rádio no interior do estado (da qual foi diretor durante três anos). Depois, a convite do jornalista Juarez Bahia, mudou-se para São Paulo, onde passou quinze anos.
Em São Paulo enfrentou dificuldades. “Muitas, confessa, principalmente por contestar muitas ordens em locais de trabalho”. E justifica, dizendo: “A gente já chegou formado, com uma cultura de raiz ou de resistência, e isso contrariava muitos conceitos dos filhos de estrangeiros que ganhavam dinheiro no sul e se achavam donos da verdade. Podia dizer que também era de formação socialista e, naquele foco do Capitalismo, em pleno “Milagre Econômico”, não podia discutir minhas idéias e pensamentos livremente. Trabalhei um ano na Folha de São Paulo, no Diário Popular, na sucursal de A Tribuna, de Santos, e no Diário do Grande ABC, onde vi iniciar a carreira do sindicalista Lula. As redações eram censuradas e a notícia tinha que ser objetiva e direta. Certos fatos não se podiam dar, isso chocava com a minha formação de repórter da escola do Jornal da Bahia, dirigido por João Falcão e Florisvaldo Matos, que era a de noticiar o que se sabia e se via com palavras de uso corrente e sem termos difíceis”..
Retornando á Feira de Santana, passou a se dedicar integralmente à xilogravura e à poesia de cordel. Seus versos, sem perder suas origens jornalísticas, abordam temas de caráter social e político, quase sempre satíricos. São assuntos os mais diversos, histórias infanto-juvenis, lendas, casos escabrosos, romances exóticos, denúncias, temas históricos e opiniões pessoais. São exemplos: “Eu quero ser madamo e casar com feminista”, “Debate de Lampião com uma turista americana”O Sapo que desgraça o Corinthians” “O Japonês que ficou roxo pela mulata”, “O crioulo doido que era um poeta popular”, “O jumento que virou gente”, “Vaquejada de sete peões pra derrubar uma mineira”, “O romance do vaqueiro marciano da égua”, “Carta dum Pau-de-arara apaixonado pra sua noiva”, “Maria Quitéria, heroína baiana que foi homem”, “Profecias de Antonio Conselheiro – O sertão já virou mar”, “A alma de Lampião faz misérias no Nordeste”, “A Volta do Pavão Misterioso”, “Papagaio e as macacas que não estão na mata (uma fábula urbana de bichos)” e “O pulo do Gato-Mestre”, etc. Seus folhetos são vendidos pelo país inteiro. Escreveu também livros sobre poesia popular: “O que é a literatura de cordel”, “O cordel televisivo – futuro, presente e passado da literatura de cordel” e“Cordel, xilogravura e ilustrações”. Quase todos esgotados, são de leitura obrigatória para pesqusadpres e curiosos. A Editora Hedra organizou uma antologia com cinco dos seus mais de duzentos trabalhos produzidos em trinta e três anos de profissão. Sempre se orgulhou de defender minorias.
“Viajei muito pelo Brasil, diz ele, me divulgando e pesquisando, principalmente pelo Nordeste. Dizem que renovei o cordel, que estava moribundo, trazendo temas novos, recriando antigos e dando consciência aos profissionais, estimulando os mais velhos a publicar, tanto que o prof. Raymond Cantel da Universidade francesa da Sorbonne me colocou como um divisor entre o velho e o novo Cordel. E assim sou, estudado, traduzido e publicado na França, onde o cordel já acabou e é só reminiscência”.
A infância e da adolescência estão bem vivos em sua memória. Com nostalgia, recorda: “Feira de Santana, tinha a sua grande-feira livre com cegos cantadores, forrós pé de serra, sanfoneiros e cantores, principalmente vindos de outros estados nordestinos, o que nos deixava um sotaque mais característico, diferenciando nós, feirenses, do falar dos baianos da capital, embora seja a distância geográfica pequena. Tive influencias em contato com vaqueiros, camelôs, feirantes, empregadas negras e gente de Candomblé e de Capoeira, com os poetas Antonio Alves, com o pernambucano João Ferreira da Silva, Erotildes Miranda e mais cearenses, potiguares, piauienses, sergipanos, alagoanos, paraibanos. O que me fez inspirar e compor depois a música “Onde o Nordeste se Encontra no Nordeste”, que mistura cordel, xaxado, chula, aboios e samba de roça e que foi finalista no Festival “Vozes da Terra” da Prefeitura de Feira”.
Assim são Franklin Maxado, sua grandeza, seu cordel, sua xilografia.
JOSÉ WALTER PIRES
Membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Zéwalter é baiano de Ituaçu e atualmente residente de Brumado, no Sudeste da Bahia. É sociólogo, Advogado, Educador, Poeta, atuante e participativo membro das atividades socioculturais da sua cidade e Estado. Um produtor e escritor incansável de livretos de Literatura de Cordel. Tem diversos títulos publicados, sobre temas diversos, incluindo o folclore, fatos cotidianos, históricos, políticos, ambientais, governamentais, educativos, sendo estes o seu principal foco.
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CREUSA MEIRA
Creusa Caires Meira – cordelista nata da cidade de Dom Basílio-BA, professora por formação e bancária de profissão. Residiu por muito tempo em Livramento de Nossa Senhora, cidade vizinha à sua terra natal. Foi lá que, ao descobrir os versos antigos do seu pai, o bandolinista Né Meira, teve o seu primeiro contato com a literatura de cordel e, mais tarde, participando de Semanas Culturais promovidas pelo irmão José Caires Meira, conheceu a obra do poeta Patativa do Assaré, apaixonando-se por esse estilo de poesia.
Atualmente reside na cidade de Salvador-BA, onde participa de eventos ligados ao cordel. Possui mais de 30 folhetos publicados e realiza outros trabalhos, a exemplo de publicações de textos em cordel no movimento sindical bancário e movimento das mulheres.
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JOTACÊ FREITAS
Jotacê Freitas, é pseudônimo de José Carlos de Freitas, natural de Senhor do Bonfim, Bahia, nascido a 06 de março de 1964. Seu interesse pela literatura surgiu aos 15 anos, tendo conhecido o Cordel através da mãe, Dona Izabel, que comprava folhetos sobre Padre Cícero, Lampião e Bocage. Iniciou sua obra com versos livres e publicou seis livros em que experimenta desde o concretismo ao hai-kai e recebeu, em 1992, 2 prêmios da ACLASB – Academia de Ciências, Letras e Artes de Senhor do Bonfim. Dirigiu e escreveu espetáculos teatrais recebendo prêmios por atuação e direção no Grupo Teatral Nós-Nas-Tripas. Tem mais de 100 folhetos publicados e venceu o Prêmio Nacional de Literatura de Cordel – 2005 da Fundação Cultural do Estado da Bahia, com “Panvermina e Zabelê nas quebradas do Sertão”; e o Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa do Assaré, promovido pelo MINC, com o romance “O Rei Cego e os Filhos Maus”. Também foi repórter nos jornais O Lapa-pau, Nossa Gente, Correio dos Sertões, Jornal de Juazeiro e colunista do tablóide literário SOPA. Fez graduação em Pedagogia na UNEB; iniciou o curso de Letras na UFBa e foi pesquisador do PEPLP – Programa de Estudos e Pesquisas da Literatura Popular, sob a orientação da Profª Doralice Xavier Alcoforado, e Diretor da Comissão Baiana de Folclore. É especialista em Artes na Educação pela FAAC-ES. Atualmente exerce a função de professor na Rede Municipal de Salvador.
Entre outros, comercializa e realiza leituras dramáticas dos seguintes folhetos: O JUMENTO QUE ENTROU NA FACULDADE, A MULHER QUE TROCOU O MARIDO POR UM COMPUTADOR, TETRALOGIA LULÁSTICA, A PELEJA ENTRE A MULHER E O MARIDO PREGUIÇOSO, O SUMIÇO DAS CUECAS QUASE ENDOIDECE O MARIDO, NO TEMPO EM QUE BOCAIS MATAVA CACHORRO A GRITO, A MIJADA DO BAIANO DERRUBA CONCRETO ARMADO, HOMEM QUE MIJA SENTADO DÁ MAIS PRAZER À MULHER, O PRAZER QUE O PEIDO DÁ, OUVIDO VIROU PENICO NAS CIDADES DA BAHIA, O CÃO QUE LEVAVA O DONO PRA FAZER COCÔ NA RUA, A INVASÃO DOS ETS LÁ EM SENHOR DO BONFIM.
Lançou na Bienal do Livro da Bahia, em 2010, o livro BAIANICES, BAIANADAS E BAIANIDADES, com as seguintes histórias: O pastor que virou acarajé, Os vereadores fujões, O buraco do metrô arrombou com Salvador, Estudantes da Bahia dão lição em professor, Iemanjá foi embora com um turista Francês, Mudo falou demais e causou um arrastão, Quando o Bahia for D, o Vitória vai fazer o Curso A, O Velho que comprou uma mulher na Feira, O Negão que se deu bem, Os Gays que quebram o pau numa praia da Bahia, A Baleia que encalhou no dia da Parada Gay, O Padre que deu o santo numa Igreja da Lapinha, A Garota de Programa que se entregou a Jesus, Corrente da viadagem causou confusão em bar, Os dentes da Galinha, A briga da Besta com o Buzu, O Baba em que Bobô babou, O Guarda que deu pra trás, O Tabaréu que comprou um pé de arranha-céu, O Prefeito que arrancou o pau dos velhos, Colorido comeu crua a fogueira do Prefeito. Considera-se discípulo de Cuíca de Santo Amaro e escreve seus folhetos sempre a partir da realidade.
Em 2014 lançou CORDEL POLÍTICO PEDAGÓGICO, uma cartilha com relatos de sala de aula, cordéis educativos e políticos.
Visite:
http://oficinadecordel.blogspot.com
Contatos para oficinas, recitais, palestras e compra de folhetos:
oficinadecordel@gmail.com
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ANTÔNIO BARRETO

Antonio Carlos de Oliveira Barreto nasceu na fazenda Boa Vista, Santa Bárbara-BA e reside em Salvador desde 1975. Ainda criança, ali no sertão baiano, teve o privilégio de conviver com as mais variadas formas de manifestações populares.
Professor, poeta e cordelista com vários trabalhos publicados em jornais, revistas e antologias. Publicou dois livros de poesia: “Uns versus Outros e Flores de Umburana”, fez a adaptação do conto de Machado de Assis “A Cartomante” para o cordel, pela editora Nova Alexandria, além da publicação de quatro cordéis ilustrados: “O cravo brigou com a Rosa”, “Atirei o pau no gato”, “Pai Francisco entrou na roda” e “ Se essa rua fosse minha…”
Já publicou (até janeiro de 2015) 160 folhetos de cordel, com destaque para o cordel intitulado “Big Brother Brasil: um programa imbecil”, de grande repercussão no Brasil inteiro.
Os temas abordados no cordel de Antonio Barreto são: crítica social, educação, futebol, humor, biografias e cultura popular.
Faz palestras, recitais e oficinas nas escolas, universidades e outras instituições, além de participar de colóquios, seminários, congressos e festivais de poesia e cultura pelo mundo afora .
Ver mais sobre o autor em: http://www.barretocordel.blogspot.com
Contatos:
(71) 3329-3237 – (71) 9196-4588
abarretocordel@hotmail.com
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J. BORGES
Considerado Patrimônio Vivo de Pernambuco – título outorgado pelo Governo do Estado – José Francisco Borges, mais conhecido como J. Borges é um dos mestres do cordel, um dos artistas folclóricos mais celebrados da América Latina e o xilogravurista brasileiro mais reconhecido no mundo. Ele nasceu em 20 de dezembro de 1935 em Bezerros, Pernambuco.
Filho de agricultores, J. Borges começou a trabalhar aos dez anos de idade na roça, e negociava nas feiras da região, vendendo colheres de pau que ele mesmo fabricava. Autodidata, o gosto pela poesia fez encontrar nos folhetos de cordel um substituto para os livros escolares. Em 1964 começou a escrever folhetos de cordel; foi quando fez “O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina”, xilogravada por Mestre Dila, que vendeu mais de cinco mil exemplares em dois meses. Animado com o resultado, escreveu o segundo folhetointitulado “O Verdadeiro Aviso de Frei Damião Sobre os Castigos que Vêm”, que o conduziu pela primeira vez à xilogravura.
Como não tinha dinheiro para pagar um ilustrador, J. Borges resolveu fazer ele mesmo: começou a entalhar na madeira a fachada da igreja de Bezerros, que usou no seu segundo folheto de cordel. Desde então, começou a fazer matrizes por encomenda e também para ilustrar os mais de 200 cordéis que lançou ao longo da vida. Hoje essas xilogravuras são impressas em grande quantidade, em diversos tamanhos, e vendidas a intelectuais, artistas e colecionadores de arte.
J. Borges tem recebido vários prêmios e distinções, entre os quais se destacam os concedidos pela Fundação Pró-Memória (Brasília, 1984), pela Fundação Joaquim Nabuco (Recife, 1990), pela V Bienal Internacional Salvador Valero (Trujilo/Venezuela, 1995), a comenda da Ordem do Mérito Cultural (Ministério da Cultura, 1999), recebeu o prêmio UNESCO na categoria Ação Educativa/Cultural. Em 2002, foi um dos treze artistas escolhidos para ilustrar o calendário anual das Nações Unidas, com a xilogravura “A Vida na Floresta”. Em 2006, foi tema de reportagem no The New York Times.
(fonte: ArtepopulardoBrasil. blogspot.com.br)
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GONÇALO FERREIRA DA SILVA

Gonçalo Ferreira da Silva nasceu na cidade de Ipu, Ceará, em 20 de Dezembro de 1937, e foi morar no Rio de Janeiro aos 14 anos de idade. Por conta de uma paralisia infantil foi trabalhar em “casa de família”, sem salário. Porém, logo tornou-se o filho mais velho da família que bancou os seus estudos. Formou-se bacharel em Letras Clássicas pela Universidade Católica do Rio de Janeiro em 1952. Sua atividade como cordelista só se deu muito tempo depois, em 1972 (inclusive o poeta já escrevia livros sobre temas diversos). Na feira de São Cristóvão, começou a conviver com grandes figuras do Cordel, como Apolônio Alves dos Santos e Mestre Azulão, fazendo mesas de glosas.
É o fundador e o presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, que foi inaugurada em 1988, e já produziu mais de 300 folhetos sobre temas diversos. Seu primeiro texto no gênero foi “O triunfo do amor de Valério e Violeta”.
É o autor de “Vertentes e Evolução da Literatura de Cordel”, “Dicionário Brasileiro de Literatura de Cordel” – em parceria com outros autores – e já lançou diversas antologias pelo mundo, divulgando apaixonadamente essa arte tão popular no Brasil.
Foi um prazer conhecer esse trabalho de cordel . Sou Léa Maria Catunda e moro em São Paulo,sou professora de literatura, aposentada, e tenho um trabalho casual feito em cordel, um convite de casamento de um casal de ex-alunos, em que narro a estória de amor e fecho fazendo convite aos amigos dos mesmos. Foi um trabalho único mas que marcou muito aos noivos e convidados. Por acaso descubro Dalinha Catunda,parenta não sei de que grau,mas certamente parenta, pois somos uma família única, todos oriundos do nordeste. Meu pai cearense de Sobral e todo ramos de Santa Quitéria ,inclusive esse era o nome de minha avó.Foi realmente gratificante esse contato. Parabéns a todos cordelistas. Estarei acompanhando seus trabalhos,aqui da terra da garoa,com muito carinho.
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